Cinema e reverberação: Zama, montagens e história
DOI:
https://doi.org/10.35588/rhsm.v27i1.5782Palavras-chave:
Montagem, Reverberação, Interrupção, DesmonocalizaçãoResumo
Por meio de uma leitura crítica do quarto filme de Lucrecia Martel, Zama (2017), baseado no romance homônimo de Antonio di Benedetto (1956), elaboramos uma reflexão sobre a relação entre cinema e história, destacando as estratégias empregadas pela diretora argentina na montagem de sua obra. Argumentamos que, além de um uso meramente instrumental e ilustrativo do filme, Martel nos permite pensar na montagem cinematográfica como uma forma de desnarrativizar e desmonumentalizar o relato convencional da história, abrindo assim uma relação com o passado, livre das lógicas historicistas convencionais que parecem caracterizar tanto o gênero documentário quanto o cinema político em geral. Nesse sentido, a questão da história e suas reverberações aparecem em Zama como elementos que complicam a relação convencional entre cinema e política.
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