Narrando constelações de travestis: Continuadísimo de Naty Menstrual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35588/ayr.v7i1.7242

Palavras-chave:

constelações de travestis, linguagem escatológica, doença, travesti, Naty Menstrual

Resumo

Este artigo analisa os contos do livro Continuadísimo (2008), de Naty Menstrual, identificando os temas que estruturam as narrativas. Ao examinar a repetição de temas como violência, uso de drogas e doenças, reforçados pela linguagem chula, o estudo mostra como a escrita de Menstrual desestabiliza os discursos normativos sobre gênero, sexualidade e poder. A estética trash travestida proposta pelo autor constrói uma poética grotesca do excesso que transforma a exclusão em um espaço de resistência radical. A representação da violência não é simplesmente uma opressão estrutural, ela se torna um mecanismo de agência e retaliação que redefine os limites de inteligibilidade impostos aos grupos dissidentes. Da mesma forma, a insistência na sujeira, nos fluidos corporais e na decomposição do corpo mina os ideais hegemônicos de pureza e insere o abjeto em uma contra-narrativa que reivindica seu poder destrutivo. O uso de drogas não é apenas um sintoma de exclusão, mas também é visto como uma prática performativa que permite ao protagonista construir sua própria realidade fora das estruturas normativas de prazer e identidade.

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Publicado

2025-06-28

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Artigos

Como Citar

Gatto, M. (2025). Narrando constelações de travestis: Continuadísimo de Naty Menstrual. Arboles Y Rizomas, 7(1), 18-29. https://doi.org/10.35588/ayr.v7i1.7242