O inglês como língua franca na Base Curricular Nacional Comum no Brasil: uma revisão da literatura (2018-2024)
DOI:
https://doi.org/10.35588/ayr.v7i1.7208Palavras-chave:
Inglês como língua franca, BNCC, Brasil, currículo, revisão da literaturaResumo
A adoção do inglês como língua franca (ILF) na Base Curricular Nacional Comum (BNCC) no Brasil foi recebida de diferentes maneiras por pesquisadores e professores. Desde a publicação da BNCC em 2018, vários estudos foram publicados e pesquisas foram realizadas em nível de pós-graduação. Neste trabalho, reviso a literatura sobre como a ILF tem sido tratada desde sua inserção na BNCC para o período 2018-2024. O objetivo era conhecer o nível de comprometimento com esse documento oficial. A maioria dos 21 artigos se concentrou em debates conceituais que caracterizaram o que chamo de “comprometimento inicial”. A maioria das 14 teses ou dissertações centrou-se no que considero “compromisso com o desenvolvimento”, por meio de estudos sobre materiais didáticos, crenças e formação de professores. A implementação em sala de aula (compromisso prático completo) recebeu menos atenção tanto em artigos quanto em dissertações/teses. É necessário realizar mais pesquisas com professores para explorar como o ILF pode ser adotado na prática em diversos ambientes educacionais.
Downloads
Referências
Aniecevski, M. & Passoni, T. (2021). O Novo Ensino Médio e a Língua Inglesa: uma análise sobre o ensino de oralidade em um material didático sob a perspectiva do inglês como língua franca. LínguaTec, 6(2), 30-49. https://doi.org/10.35819/linguatec.v6.n2.5355
Aniecevski, M. (2023). Atividades de oralidade na perspectiva do inglês como língua franca: uma análise de um livro didático para o novo ensino médio [MA dissertation, Universidade Tecnológica Federal do Paraná].
Barbosa, L.T. S., & Nascimento, D.L. (2022). Somente nos Estados Unidos e na Inglaterra que falam inglês? Crenças interculturais no 6º ano do Ensino Fundamental II. Revista de Educação Interritórios, 8(16), 259-283.https://doi.org/10.51359/2525-7668.2022.246514259
Base Nacional Comum. Histórico. https://basenacionalcomum.mec.gov.br/historico
Batista, J., Oliveira, C., & Borges, M. (2024). O ensino da língua inglesa como língua franca: ato responsável à revolução digital. Diálogos Pertinentes, 19(1), 151-168. https://doi.org/10.26843/dp.v19i1.3831
Bordini, M., & Gimenez, T. (2014) Estudos sobre inglês como língua franca no Brasil (2005-2012): uma metassíntese qualitativa. Signum: Estudos da Linguagem, 17(1), 10–43.https://doi.org/10.5433/2237-4876.2014v17n1p10
Borges, J.S. (2023) “Para que(m) serve o inglês da escola?”: uma análise de representações discursivas sobre língua inglesa e ensino-aprendizagem em livros didáticos [M.A. dissertation, Universidade Federal de Uberlândia]. https://repositorio.ufu.br
Caetano, M. (2019). Os sujeitos e a proposta educacional da Base Nacional Comum Curricular: entre o público e o privado. Teoria e Prática da Educação, 22, 118-136.https://doi.org/10.4025/tpe.v22i3.46916
Campos, S. M. S. (2021) Discurso dos sujeitos-professores e sujeitos-alunos sobre o processo de ensino-aprendizagem de língua portuguesa e língua inglesa na educação básica [PhD thesis, Universidade do Estado de Mato Grosso].
Capes – Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (a). (2025). Portal de Periódicos. https://www.periodicos.capes.gov.br/
Capes – Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (b). (2025). Catálogo de Teses e Dissertações.https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/
Cenoz, J. (2019). Translanguaging pedagogies and English as a lingua franca. Language Teaching, 52(1), 71-85.
Costa, G. H. M. S. (2022). O discurso sobre ensino de língua estrangeira: sentidos de língua inglesa na BNCC– o que (não) muda? [MA dissertation, Universidade do Vale do Sapucaí].
Costa, S. M., & Silva, K. A. da. (2022). Entrelaces da internacionalização da Educação Básica, BNCC e Língua Inglesa. Revista Da ABRALIN, 21(2), 312–332.https://doi.org/10.25189/rabralin.v21i2.2098
Duboc, A., & Siqueira, S. (2020). ELF feito no Brasil: Expanding theoretical notions, reframing educational policies. Status Quaestionis: Language, Text, Culture, 19, 297-331.https://rosa.uniroma1.it/rosa03/status_quaestionis/article/view/17135
Duboc, A. (2019). Falando francamente: uma leitura bakhtiniana do conceito de inglês como língua franca no componente curricular língua inglesa da BNCC. Revista da ANPOLL, 1, 10-22. https://doi.org/10.18309/anp.v1i48.1255
Farias; P. F. & Silva, L. (2020). “I’m gonna leave you with the backlash blues”: uma análise acerca da concepção do ensino de língua inglesa na Base Nacional Comum Curricular sob o viés da pedagogia crítica. Revista e-Curriculum,18(1), 137-157.https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i1p137-157
Francisco, A. J., & Parisotto, A. L. V. (2022). Tecnologia digital e a bncc no contexto de língua inglesa para crianças: novas possibilidades e desafios. Palimpsesto - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 20(37), 232–254.https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2021.61800
Gimenez, T. (2024). English as a Lingua Franca curriculum from a decolonial perspective. In S. Morán-Panero, M. Martínez-Sánchez, G. Ronzón-Montiel (Eds,), English as a Lingua Franca in Latin American Education (pp. 23-40). De Gruyter.https://doi.org/10.1515/9783110750966-002
Gimenez, T., Calvo, L. C. S., & El Kadri, M. S. (2011). Inglês como lingua franca: ensino-aprendizagem e formação de profesores. Pontes Editores.
Grilli, M. (2018). Passado, presente e futuro do ensino de línguas no Brasil: métodos e políticas. Linguagens. Revista de Letras, Artes e Comunicação, 12(3), 415-435.http://dx.doi.org/10.7867/1981-9943.2018v12n3p415-435
Lei 9394 de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 23 de dezembro de 1996. DOU 248.
Lei 11.161 de 2005. Dispõe sobre o ensino da Língua Espanhola. 8 de agosto de 2005. D.O.U. n. 151.
Lei 13.415 de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. 17 de fevereiro de 2017. D.O.U. n. 35.
Lima, J. H. G. de., Rosso, G. P. P., & Pasini, L. G. R. (2021). Inglês como língua franca (ILF) e translinguagem no ensino remoto emergencial. Revista Horizontes De Linguistica Aplicada, 20(1), 1-18.https://doi.org/10.26512/rhla.v20i1.37559
Lima, J. H. G., Sávio, G., & Peruch Rosso, G. P. (2020). Inglês como Língua Franca (ILF) e o ensino-aprendizagem de língua inglesa em tempos de ensino remoto: um relato de caso aplicado ao ensino fundamental I. Dialogia, (36), 269–282.https://doi.org/10.5585/dialogia.n36.18346
Lima, J. H. G. (2022). Tracing the development of the concept of english as a lingua franca in in-service schoolteachers of a municipal public basic education system: a sociocultural- based study [PhD thesis, Universidade Federal de Santa Catarina].
Lopes, R. S., & Baumgartner, C. T. (2019). Inglês como língua franca: explicações e implicações. The ESPecialist, 40(2), 1-13. https://doi.org/10.23925/2318-7115.2019v40i2a2
Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. MEC. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192
Nascimento, A. A. S. (2023) Ensino e aprendizagem de língua inglesa no livro didático Moderna Plus: língua inglesa e formação para a cidadania [MA dissertation, Fundação Universidade de Passo Fundo].
Oliveira, C. P. de. (2021). A BNCC e o componente curricular de língua inglesa: algumas reflexões. Revista Signos, 42(2), 141-150.https://doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v42i2a2021.2895
Oliveira, K. (2022). Por uma educação linguística crítica: um estudo sobre política linguística educacional de línguas adicionais para crianças no sudoeste paranaense e no oeste catarinense [MA dissertation, Universidade Tecnológica Federal do Paraná].
Oliveira, R. S. (2015). Linha do tempo da didática das línguas estrangeiras no Brasil. Non Plus, 4(7), 27-38. https://doi.org/10.11606/issn.2316-3976.v4i7p27-38
Oliveira, F.B., & Bordini, M. (2022) De língua estrangeira para língua franca. Kiri-kerê: Pesquisa em Ensino, 14, 232-252.https://doi.org/10.47456/krkr.v1i14.38941
Pedrosa, A. B. R., & Ribeiro, A. S. M. (2022). Por um currículo escolar decolonial: uma conversa entre a BNCC e a língua inglesa. Revista Desenredo, 18(2), 407-419.https://doi.org/10.5335/rdes.v18i2.13666
Queiroz, E. P. (2022). A formação do professor para o ensino de língua inglesa na perspectiva da BNCC: desestabilizando conceitos, ressignificando saberes [PhD Thesis, Universidade Pitágoras UNOPAR].
Ribas, F. C. (2018). Base Nacional Comum Curricular e o ensino de língua inglesa: refletindo sobre cidadania, diversidade e criticidade à luz do letramento crítico. Domínios de Lingu@gem, 12(3), 1784–1824. http://10.14393/DL35-v12n3a2018-15
Rosa, G. C., Duboc, A. P., & Siqueira, S. (2023). Inglês como Língua Franca (ILF) em campo: reflexos e refrações na BNCC. Perspectiva, 41(1), 1–25. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2023.e92461
Sanchez, G. (2022). Inglês como Língua Franca e a Produção de Atividades Didáticas para o Ensino Fundamental na Escola Pública [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná]. https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/77537
Santana, J. D. (2022). Língua estrangeira ou língua franca? reflexões terminológicas sobre as definições de língua inglesa apresentadas por documentos de prescrição. WEB Revista Sociodialeto, 12(35), 1–31. https://doi.org/10.48211/sociodialeto.v12i35.411
Santana, J. S., & Kupske, F. F. (2020). De língua estrangeira à língua franca e os paradoxos in-between: (tensionando) o ensino de língua inglesa à luz da BNCC. Revista X, 15(5), 146–171. https://doi.org/10.5380/rvx.v15i5.73397
Santana, J. S. (2021). As novas bases do ensino de língua inglesa para a educação básica brasileira: entre críticas e crenças [MA dissertation, Universidade Federal da Bahia].
Santclair, D., Sabota, B., & Silva, K. A. da. (2022). Desestabilizações no ensino de Língua Inglesa: dominação ou lugar de reexistência?. Revista Da ABRALIN, 21(2), 333–350. https://doi.org/10.25189/rabralin.v21i2.2102
Santos, E. P. O. (2023). Inglês como língua franca e uma experiência de formação docente no Distrito Federal [MA dissertation, Universidade de Brasília].
Santos, V. Z. (2019). O ensino de língua inglesa na escola pública: dos documentos norteadores da educação básica à prática do uso do livro didático em sala de aula [MA dissertation, Universidade Presbiteriana Mackenzie].
Santos, C.M., & Marques, F. P. (2024). Desafios e potencialidades de uma abordagem decolonial no Ensino de Inglês no Brasil e a concepção da BNCC. SCIAS. Direitos Humanos E Educação, 7(2), 84–104. https://doi.org/10.36704/sdhe.v7i2.9142
Sato, S. K. (2023). Livros importados de língua inglesa usados por alunos brasileiros: princípios condizentes com a base nacional comum curricular (BNCC) e o uso do inglês como língua franca (ILF)? [MA dissertation, Universidade Federal da Grande Dourados].
Sato, S.K., Saparas, M. & Buin, E. (2023). Formação de professores para o inglês como língua franca e o papel do livro didático. Revista Educação e Linguagens, 12, 117-141.http://10.33871/22386084.2023.12.24.117-141
Silva, F. M. (2021). A interculturalidade na educação básica: fomentando um olhar crítico sobre o ensino e aprendizagem de língua inglesa em turmas do ensino médio regular noturno [PhD Thesis, Universidade Federal Fluminense].
Silva, L., Ladeia, S., & Cruz, G. (2018). Interculturalidade, ensino de inglês como língua franca e a Base Nacional Comum Curricular. Fólio - Revista de Letras, 10.
Silva, S. R., & Pacheco, C. A. (2020). Currículo do Ensino de Língua Inglesa e uso de tecnologias digitais previstos na BNCC. Revista Eletrônica De Educação, 14, e3046047. https://doi.org/10.14244/198271993046
Siqueira, S., & Gimenez, T. (2021). World Englishes and Critical Pedagogy: Reflections on Paulo Freire’s contributions to the Brazilian national English as a Lingua Franca (ELF) Curriculum. In Y. Bayyurt, & M. Saraceni (Eds), Bloomsbury World Englishes Pedagogies. (pp. 241-256). Bloomsbury.
Snyder, H. (2019). Literature review as a research methodology: An overview and guidelines. Journal of Business Research, 104, 333-339. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.07.039
Souza, S. M. (2021). Dissolvendo fronteiras, abrindo novos horizontes: por um ensino intercultural de inglês como língua franca, do curso de licenciatura em Letras à educação básica [MA Dissertation, Universidade Federal Rural De Pernambuco].
Swan, M. (2012). ELF and EFL: are they really different? Journal of English as a Lingua Franca, 1(2), 379 – 389. https://doi.org/10.1515/jelf-2012-0025
Zenere, D. S., Roman, P., & Forneck, K. L. (2023). Relações entre língua inglesa, BNCC e formação inicial e continuada de professores: uma revisão bibliográfica. Revista Signos, 44(2), 157-169. https://doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v44i2a2023.3451
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Telma Gimenez
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
