N.º 39 (2023)
Revista EstuDAv Estudios Avanzados finaliza este 2023 publicando o discurso da Dra. Ana Pizarro ao receber a distinção de Profesora Emérita da Universidad de Santiago de Chile. Suas palavras evocativas mostram sua vida entre livros, de volta do exilio, e que segue navegando pelos rios de nossa América ancestral. Com essa sensibilidade, o Dossier «Corpos, territorialidades e hospitalidades: Agências e resistências na produção da vida e a morte», coordenado por Anita Guazelli Bernardes, Neuza Maria de Fátima Guareschi, Camilla Fernandez Marques e Giovana Barbieri Galeano, sintoniza com uma aliança Sul-Sul comprometida com epitemologias negras, subalternizadas e críticas. Elis dos Santos e Simone Hüning ocupa-se do cuidado escritural como política de relação inextricável da vida. Adriana Garritano e Anita Guazzelli Bernardes profundizam nas resistências das juventudes à morte, graças a suas rimas da rua. Giovana Barbieri e Neuza Guareschi, por sua parte, investigam como os regimens da verdade, gerados pelas tecnologias visuais, produzem corpos excluidos, baseando-se na segurança. Patricio Azócar e Javiera Roa destacam como as intervenções sociais abrem espaços de cuidado e experimentação. Já na secção miscelâneos, Julia Velisone alerta sobre o uso do republicanismo em dois jornais argentinos; Renato Vélez concentra-se no partido árabe transnacional Qawmi Suri e suas relações com a região, Natalia Raggio pregunta-se pelas supostas tensões e pugnas na comprensão do religioso nos Estudos Internacionais. Ricardo Labra, Christian Báez, Doris Sáez e Claudia Rodríguez oferecem uma proposta de co-design de cultivo vegetal tecnológico Piwkeyewün. Karla Vidal resenha o livro Relatos de viaje Kawèsqar para mostrar a importância da navegação na existência e os saberes de sua circulação hídrica ancestral. Finalmente, a homenagem ao falecido Enrique Dussel apresentado por Márcio Luís Costa oferece uma escritura pessoal da contribução de sua trajetória acadêmica prolífica, a qual releva sua forma de vida do lado de sua reflexão filosófica decolonial, com o ânimo, em palavras de Josemar de Campos Maciel: de elevar um reconhecimento às ricas formas de existência e sabedoria ancestral, que habitam a maior parte do mundo.