A Fruta na Gastronomia Quatrocentista/ Quinhentista e Seiscentista Portuguesa
Palavras-chave:
Fruta, Gastronomia, Portugal, Livros, séc. XV – XVIIResumo
a gastronomia portuguesa nos domínios da história e da me- mória entre os séculos XV e XVII dá-nos investimentos literários, dis- cursivos, culturais de duas obras fulcrais para o aprofundamento do tema, sensibilidades, gostos, e sentidos culturais. Na economia particular deste capítulo não foi possível invadir o pensamento autoral, as filiações cul- turais, precisos que organizaram os ambientes que geraram a obra, o Livro de Cozinha da Infanta D. Maria. A especialização memorial da fruta na história da gastronomia portuguesa através desta obra, e da Arte de Cozinha, de Domingos Rodrigues é também uma reconstrução do pas- sado. Sumariam-se dados biográficos sobre a autoria e perseguiram-se indicadores que esclarecem esta obra Seiscentista. O limite cronológico fixou-se literalmente em 1700, pelo que englobamos estas duas obras, uma manuscrita, Livro de Cozinha da Infanta D. Maria de Portugal, que mesmo tendo sido escrita no interior da periodização de Quatrocentos/ Quinhentos, só foi publicada no século XX, em Coimbra, por ordem da Universidade, em 1967, sob a responsabilidade dos Professores Giacinto Manuppella e Salvador Dias Arnaut, e a outra na categoria de impressa e editada a primeira vez, no período de Seiscentos, em Lisboa, na officina de Joaõ Galraõ: 1683, e dedicada ao Senhor Conde de Vimioso.
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Referências
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do modo de cozinhar vários pratos de todo o género de carnes, & de fazer conservas, pasteis, tortas, & empadas. A segunda trata de peixes, mariscos, frutas, ervas, ovos, lacticínios, doces, & conservas pertencentes ao mesmo género. A terceira trata da forma de banquetes para qualquer tempo do ano, & do modo com que se hospedão os Embaixadores, & como se guarnece uma mesa redonda à Estrangeira Composta, & terceira vez acrescentada, por Mestre da cozinha de Sua Majestade, que Deus guarde, e dedicada terceira vez ao conde do Vimioso. Lisboa. Na oficina de Manoel Lopes Ferreyra. com todas as licenças necessárias, & Privilégio Real. Prefácio de Alfredo Saramago, Colares Editora, M. DC. XC. III (1693).
Rodrigues, Domingos (b) Arte de Cosinha Dividida em quatro partes, a primeira trata do modo de cosinhar varios guizados de todo o genero de carnes, e conservas, tortas, empadas, e pasteis.A segunda de peixes, mariscos, fructas, hervas, ovos, lacticínios, doces, conservas do mesmo genero.A terceira de preparar mezas em todo o tempo do anno, para hospedar Príncipes, e Estrangeiros. A quarta de fazer pudiz, e preparar massas. (Domingos Rodrigues Mestre de Cosinha de Sua Magestade). Lisboa, Typo- graphia de M. J. Coelho, 1844.
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Rodrigues, Domingues – Arte de Cozinha, dividida em duas partes, a pri- meyra trata do modo de cozinhar varios pratos de toda a casta de carne, & de fazer conservas, pasteis, tortas, & empadas. A segunda trata de peyxes, marisco, fruttas, hervas, ovos, lacticinios, conservas, & doces: com a forma dos banquetes para qualquer tempo do anno. Na officina de Joaõ Galraõ: M. DC. LXXXIII. Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real.A custa de Manoel Lopes Ferreira 1683