Coesão, cultura e lacunas em Puerto Edén, uma comunidade energética remota
DOI:
https://doi.org/10.35588/jnt68074Palavras-chave:
Comunidade rural, política energética, relações interétnicas, religião, costumes e tradiçõesResumo
Este estudo explora as dinâmicas socioculturais da manutenção e reparo de infraestruturas energéticas em Puerto Edén, uma comunidade remota na Patagônia chilena. Usando metodologias qualitativas e fenomenológicas, investiga como as práticas locais contribuem para a sustentabilidade dos sistemas energéticos em áreas isoladas. Puerto Edén enfrenta desafios no acesso à energia e na manutenção de sistemas fora da rede, o que impacta a coesão social. O estudo analisa a interação entre as práticas energéticas e a coesão comunitária, focando nas lacunas de conhecimento, tecnológicas e socioculturais amplificadas pelo isolamento. Essas lacunas dificultam a implementação de soluções modernas e sustentáveis, criando desafios sociotécnicos que afetam tanto a infraestrutura quanto as relações comunitárias. Ao contrário das comunidades energéticas do Norte Global, Puerto Edén carece de estruturas institucionais e depende de práticas adaptativas para a gestão energética. Apesar desses desafios, a coesão comunitária, impulsionada por tradições religiosas e culturais, assim como pelo conhecimento prático, desempenha um papel crucial na manutenção dos sistemas. O estudo conclui que a criatividade, as tradições e o pragmatismo local são essenciais para superar as limitações do isolamento, oferecendo caminhos potenciais para práticas energéticas sustentáveis em contextos remotos.
Downloads
Referências
Aguilera, Ó. y Tonko, J. (2003). Relatos de viaje Kawésqar. Nómadas Canoeros de la Patagonia Occidental. Ofqui.
Baigorrotegui, G., González, D. y Parker, C. (2023). Energy Communities of Repair in Remote Infrastructures: A Study of Puerto Edén in the Chilean Patagonia. Sustainability in Debate, 14(3), 122-139. https://doi.org/10.18472/SustDeb.v14n3.2023.50672
Baigorrotegui, G. y Parker, C. (Eds.). (2018). ¿Conectar o desconectar? Energía y Comunidad para las transiciones energéticas. Instituto de Estudios Avanzados.
Caferra, R., Colasante, A., D’Adamo, I., Morone, A. y Morone, P. (2023). Interacting Locally, Acting Globally: Trust and Proximity in Social Networks for the Development of Energy Communities. Scientific Reports, 13(1), 16636. https://doi.org/10.1038/s41598-023-43608-7
Cárdenas, R. y Trujillo, C. (1986). Caguach, Isla de la Devoción, religiosidad popular de Chiloé. Lar.
Dukes, S. (1984). Phenomenological Methodology in the Human Sciences. Journal of Religion & Health, 23(3), 197-203. https://doi.org/10.1007/BF00990785
Durkheim, E. (1991). De la division du travail social. PUF.
Emperaire, J. (2002). Los nómades del mar (2da. edición). Lom.
Francis, R. y Bekera, B. (2014). A Metric and Frameworks for Resilience Analysis of Engineered and Infrastructure Systems. Reliability Engineering & System Safety, 121, 90-103. https://doi.org/10.1016/j.ress.2013.07.004
Fuentealba, M.E. y Terraza, L. (2006). Expresiones de identidad huilliche en el contexto de tres organizaciones de Chiloé actual. Tesis de pregrado. Universidad Academia de Humanismo Cristiano.
Jessen, T.D., Ban, N.C., Claxton, N. y Darimont, C.T. (2022). Contributions of Indigenous Knowledge to Ecological and Evolutionary Understanding. Frontiers in Ecology and the Environment, 20(2), 93-101. https://doi.org/10.1002/fee.2435
Martinić, M. (2004). Archipiélago patagónico la última Frontera. Universidad de Magallanes.
Ñanculef, J. (2016). Tayiñ Mapuche Kimun. Epistemología mapuche sabiduría y conocimientos. Universidad de Chile.
Parker, C. (1993). Otra lógica en América Latina, religión popular y modernización capitalista. Fondo de Cultura Económica.
Rezaei, M. y Dowlatabadi, H. (2016). Off-grid: Community Energy and the Pursuit of Self-sufficiency in British Columbia’s Remote and First Nations Communities. Local Environment, 21(7), 789-807. https://doi.org/10.1080/13549839.2015.1031730
Savaresi, A. y Outka, U. (2023). Energy Communities: Comparative Perspectives from the EU and the US. En G. Bellantuono, L. Godden, H. Mostert, H. Wiseman y H. Zhang (Eds.), Handbook of Energy Law in the Low-Carbon Transition (pp. 497-512). De Gruyter. https://doi.org/10.1515/9783110752403-038
Sikes, P. (2006). Decolonizing Research and Methodologies: Indigenous Peoples and Cross‐cultural Contexts. Pedagogy, Culture & Society, 14(3), 349-358. https://doi.org/10.1080/14681360600892017
Tonko, J. (marzo de 2021). Declaración pública de la comunidad kawésqar residente en Puerto Edén. Radio del Mar.
Vallejos, N. (2009). Significado y valor del tiempo entre los kaweskar, yámana y selk’nam en la obra Los indios de Tierra del Fuego de Martín Gusinde. Cuadernos Interculturales, 7(12), 224-253.
Vidal, K. (2021). Uso y ocupación territorial en la reflexión hacia una aproximación formal del kawésqar. Magallania, 49(3), 1-24. https://doi.org/10.22352/MAGALLANIA202149003
