Do/O outro lado da rodovia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35588/estudav.v0i39.6524

Palavras-chave:

juventude, ocupação da cidade, batalhas de rima, subjetividade, colonialidade

Resumo

Produziremos reflexões no campo da psicologia com ferramentas epistemológicas pós-estruturalistas e metodológicas interdisciplinares do Sul Global, trabalhando com uma proposta de metodologias indisciplinadas pensadas por Jota Mombaça (2016), que nos permitem fazer composições com epistemologias subalternizadas, como também propõe Sofia Favero em sua psicologia suja. Acompanhamos as batalhas de rima nas praças da cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, no período noturno, com uma intencionalidade política para poder afirmar outros modos de subjetivação. Para isso, acompanharemos uma cidade indisciplinada, interrogada pela juventude naquilo que a interroga na sujeira, que vem falar do não assujeitamento de corpos disciplinados pela violência cometida pelas diferentes práticas de normalização. Também se intenciona interrogar sobre a ocupação de uma cidade em que há desigualdade no acesso a lugar de cultura, arte e esporte, na qual os bairros periféricos ficam desassistidos em comparação aos bairros mais ao centro, mobilizando uma reflexão sobre desigualdade social na juventude brasileira, ao trabalharmos uma composição de análise com o/do outro lado da rodovia, ao problematizar junto de uma pesquisa-experiência com a juventude sobre lugares e não lugares permitidos ou precarizados para a população periférica da cidade.

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Publicado

2023-12-18

Edição

Secção

Dossiê

Como Citar

Do/O outro lado da rodovia (A. Garritano Dourado & A. Guazzelli Bernardes , Trads.). (2023). Estudios Avanzados, 39, 28-43. https://doi.org/10.35588/estudav.v0i39.6524

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