Do/O outro lado da rodovia
DOI:
https://doi.org/10.35588/estudav.v0i39.6524Palavras-chave:
juventude, ocupação da cidade, batalhas de rima, subjetividade, colonialidadeResumo
Produziremos reflexões no campo da psicologia com ferramentas epistemológicas pós-estruturalistas e metodológicas interdisciplinares do Sul Global, trabalhando com uma proposta de metodologias indisciplinadas pensadas por Jota Mombaça (2016), que nos permitem fazer composições com epistemologias subalternizadas, como também propõe Sofia Favero em sua psicologia suja. Acompanhamos as batalhas de rima nas praças da cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, no período noturno, com uma intencionalidade política para poder afirmar outros modos de subjetivação. Para isso, acompanharemos uma cidade indisciplinada, interrogada pela juventude naquilo que a interroga na sujeira, que vem falar do não assujeitamento de corpos disciplinados pela violência cometida pelas diferentes práticas de normalização. Também se intenciona interrogar sobre a ocupação de uma cidade em que há desigualdade no acesso a lugar de cultura, arte e esporte, na qual os bairros periféricos ficam desassistidos em comparação aos bairros mais ao centro, mobilizando uma reflexão sobre desigualdade social na juventude brasileira, ao trabalharmos uma composição de análise com o/do outro lado da rodovia, ao problematizar junto de uma pesquisa-experiência com a juventude sobre lugares e não lugares permitidos ou precarizados para a população periférica da cidade.
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