Entre guerras e ruínas: uma política de memória nas cidades
DOI:
https://doi.org/10.35588/estudav.v0i35.5327Palavras-chave:
memória, cidade, narrativas, urbanização, resistênciaResumo
Problematizamos os processos urbanos, a partir dos modos como produzem apagamento e esquecimento de vidas, corpos e experiências nas cidades brasileiras, considerando a emergência de políticas narrativas urbanas. Para isto, buscamos a partir dos autores Walter Benjamin e Michel Foucault, pensar algumas narrativas da cidade como formas de resistência e de emergência de uma luta que ocorre pela via da construção de mapas de sensibilidade e de memória que tensionam o silêncio e esquecimento associado às violências e violações de direitos em alguns territórios das cidades. Recorremos a relatos, notícias de jornais e textos em mídias sociais como material analítico para pensar e analisar algumas questões, remontando a força das narrativas como ferramenta para a composição de uma resistência urbana que atrela à memória lugar de luta social. Dispomos por discorrer sobre uma máquina de esquecimento que ocorre pela via da construção de uma vulnerabilidade que desponta para a formulação de narrativas e registros urbanos de uma cidade mortífera para algumas vidas.
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Referências
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