Cartografando territórios (est)éticos-existenciais: Entre imagens, políticas e poéticas (re)existentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35588/c7nk0w53

Palavras-chave:

colonialidade, imagens, políticas, poéticas, resistências

Resumo

Neste ensaio, partindo da perspectiva cartográfica e tomando como pano de fundo nossas respectivas pesquisas de pós-doutorado, nos debruçamos sobre a obra do artista turco Ugur Gallenkuş e de enxertos da peça de teatro Outros, do Grupo de teatro brasileiro Galpão. A partir de tais produções estéticas, apresentamos o desafio de um diagnóstico ético-político do tempo presente a partir do que nos acontece. Aqui, o pensamento de autoras e autores feministas, negros, indígenas, queer e decoloniais emerge como bússola orientadora e inspiradora para o questionamento dos dispositivos coloniais, biopolíticos e necropolíticos em voga. Afinal, o que a arte contemporânea, enquanto experimentação e processo, tem a nos dizer e interrogar? Entre presenças e ausências, ditos, não ditos e mal-ditos, corpos, imagens, cenas (d)enunciam as arbitrariedades e cinismos dos empreendimentos coloniais. Acreditamos que, se o presente segue marcado pela necropolítica, em que contingentes humanos são cotidiana e reiteradamente lançados à própria sorte, a arte emerge com um respiro ético-estético-político resistente.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abreu, M. (2020). Apresentação. Em E. Moreira, M. Abreu e P. André. Outros (pp. 21-22). Javali.

Agamben, G. (2004). Estado de exceção. Boitempo.

Bondía, J.L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

Butler, J. (2015). Quadros de Guerra: Quando a vida é passível de luto? Civilização Brasileira.

Castro-Gómes, S. (2005). Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da «invenção do outro». Em E. Lander (Org.), A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas (pp. 87-95). CLACSO.

____. (2012). Los avatares de la crítica decolonial. Tabula Rasa, 50, 213-230. https://doi.org/10.25058/20112742.118

Conselho Indigenista Missionário (CIMI) (2022). Relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil. Dados de 2022. CIMI.

Fernandes, T. et al. (2019). A saúde na Reserva Indígena de Dourados: Histórico, lutas e (re)existências. Em J.G.B. Mota e T.L. Cavalcante (Orgs.), Reserva Indígena de Dourados: Histórias e desafios contemporâneos (pp. 185-202). Karywa.

Foucault, M. (2008). Nascimento da biopolítica (1978-1979). Martins Fontes.

Gallenkuş, U. (2020). Parallel Universes of Children. Arzu Tunca Publishing.

Gallenkuş, U. [@ugurgallen] (31 de outubro de 2020). Photo by Aris Messinis @aris.messinis// Migrants try to pull a child out of the water as they wait to be rescued. Instagram. https://www.instagram.com/p/CHATLNjgbdO/

____. (4 de fevereiro de 2021). The Rohingya people have faced decades of systematic discrimination, statelessness and targeted violence in Rakhine State, Myanmar. Instagram. https://www.instagram.com/p/CK3eVZogFHO/?img_index=1

____. (6 de dezembro de 2023). #ParallelUniversesWarPeace by @ugurgallen.ai. Instagram. https://www.instagram.com/p/C0hMuxCoIF4/

____. (3 de julho de 2024). #ParellelUniversesOfWarPeace book is coming... Instagram. https://www.instagram.com/p/C89G2aYopSq/

Gonzalez, L. (1987). Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, 223-244.

Grupo Galpão (2020). Texto do Grupo Galpão. Em E. Moreira, M. Abreu e P. André. Outros (pp. 23-25). Javali.

Jornal Nacional (30 de outubro de 2023). Indígenas sofrem com falta de água potável em aldeias de Mato Grosso do Sul. Portal G1 Jornal Nacional. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/10/30/indigenas-sofrem-com-falta-de-agua-potavel-em-aldeias-de-mato-grosso-do-sul.ghtml

Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano. Cobogó.

Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.

Lugones, M. (2020). Colonialidade e gênero. Em H.B. Hollanda (Org.), Pensamento feminista hoje: Perspectivas decoloniais (pp. 51-81). Bazar do Tempo.

Martins, C.P. (2019). Breves costuras a partir de Rosana Paulino e as vozes do Sul. Revista Ñanduty, 7(11), 135-144. https://doi.org/10.30612/nty.v7i11.10757

____. (2020). Alinhavos para pensar o presente: Arte de Rosana Paulino e Beth Moysés. Revista Polis e Psique, 10(1), 47-62. https://doi.org/10.22456/2238-152X.99274

Martins, C.P. e Menezes, J.A. (2023). Por psicologias em desaprendizagens: Saberes e resistências feministas e indígenas. Relatório de pós-doutorado. Universidade Federal de Pernambuco.

Mbembe, A. (2018). Necropolítica. N-1.

Médicins sans Frontier e Gallenkuş, U [@msf_fr e @ugurgallen] (30 de junho de 2023). Dans le nord-est de la #RDC, dans la province de l’#Ituri, de nouveaux pics de violence ont contraint. Instagram. https://www.instagram.com/msf_fr/p/CuG7v3iKY7R/

Metrópolis (7 de dezembro de 2019). Galpão, grupo mineiro de teatro, apresenta peça 'Outros'/Teatro [video]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=zzwgwepuoKU

Mombaça, J. (2016). Rastros de uma submetodologia indisciplinada. Revista Concinnitas, 1(28), 341-354.

Moreira, E. e Abreu, M. (2018). Nós. Javali.

Moreira, E., Abreu, M. e André, P. (2020). Outros. Javali.

Nascimento, L.C.P. (2021). Transfeminismo. Jandaíra.

Oliveira, E.A. e Bernardes, A.G. (2023). Por outras tessituras em psicologia: entre aprendizados feministas, negro e queer. Projeto de pós-doutorado. Universidade Católica Dom Bosco.

Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Em E. Lander (Org.), A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas (pp. 107-130). Clacso.

Ribeiro, T. e Skliar, C. (2020). Escolas, pandemia e conversação: Notas sobre uma educação inútil. Série-Estudos, Periódico do Programa de Pós-Graduação em Eduação em Educação da UCDB, 25(55), 13-30. https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i0.1484

Rolnik, S. (2019). Esferas da Insurreição: Notas para uma vida não cafetinada. N-1.

Ruspô (2016). Dourados state of mind [Canção]. https://soundcloud.com/ruspo/dourados-state-of-mind-1?utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing

Safatle, V., Júnior, N.S. e Dunker, C. (Orgs.), (2020). Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Autêntica.

Senra, R. (13 de novembro de 2023). Quais são as grandes guerras em curso no mundo — e por que algumas chamam menos atenção? BBC News Brasil. https://www.bbc.com/portuguese/articles/c192m733912o#:~:text=%22%C3%89%20seguro%20dizer%20que%20haver%C3%A1,conflitos%20e%20%C3%A9%20usado%20como

Downloads

Publicado

2024-08-16 — Atualizado em 2024-08-19

Edição

Secção

Artigos Micelâneos

Como Citar

Alves de Oliveira, E., & Paranhos Martins, C. (2024). Cartografando territórios (est)éticos-existenciais: Entre imagens, políticas e poéticas (re)existentes. Estudios Avanzados, 40, 26-47. https://doi.org/10.35588/c7nk0w53

Artigos Similares

1-10 de 103

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.